quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

CPMF, voto a voto

CPMF - Como votou cada senador (por partido)

Quem votou SIM votou a favor da prorrogação da CPMF.

DEM

Adelmir Santana (DEM-DF) - NÃO
Antonio Carlos Júnior (DEM-BA) - NÃO
Demóstenes Torres (DEM-GO) - NÃO
Efraim Morais (DEM-PB) - NÃO
Eliseu Resende (DEM-MG) - NÃO
Heráclito Fortes (DEM-PI) - NÃO
Jayme Campos (DEM-MT) - NÃO
Jonas Pinheiro (DEM- MT) - NÃO
José Agripino (DEM-RN) - NÃO
Kátia Abreu (DEM- TO) - NÃO
Marco Maciel (DEM-PE) - NÃO
Maria do Carmo Alves (DEM-SE) - NÃO
Raimundo Colombo (DEM-SC) - NÃO
Rosalba Ciarlini (DEM-RN) - NÃO

PC do B
Inácio Arruda (PC do B-CE) - SIM

PDT
Cristovam Buarque (PDT-DF) - SIM
Jefferson Peres (PDT-AM) - SIM
João Durval (PDT-BA) - SIM
Osmar Dias (PDT-PR) - SIM
Patrícia Saboya (PDT-CE) - SIM

PMDB
Almeida Lima (PMDB-SE) - SIM
Edison Lobão (PMDB-MA) - SIM
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) - como presidente do Senado, não votou;
Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) - NÃO
Gerson Camata (PMDB-ES) - SIM
Gilvam Borges (PMDB-AP) - SIM
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) - NÃO
José Maranhão (PMDB-PB) - SIM
José Sarney (PMDB-AP) - SIM
Leomar Quintanilha (PMDB-TO) - SIM
Mão Santa (PMDB-PI) - NÃO
Neuto De Conto (PMDB-SC) - SIM
Paulo Duque (PMDB-RJ) - SIM
Pedro Simon (PMDB-RS) - SIM
Romero Jucá (PMDB-RR) - SIM
Renan Calheiros (PMDB-AL) - SIM
Roseana Sarney (PMDB-MA) - SIM
Valdir Raupp (PMDB-RO) - SIM
Valter Pereira (PMDB-MS) - SIM
Wellington Salgado de Oliveira (PMDB-MG) - SIM

PP
Francisco Dornelles (PP-RJ) - SIM

PR
César Borges (PR-BA) - NÃO
Expedito Júnior (PR-RO) - NÃO
João Ribeiro (PR-TO) - SIM
Magno Malta (PR-ES) - SIM

PRB
Euclydes Mello (PRB-AL) - SIM
Marcelo Crivella (PRB-RJ) - SIM

PSB
Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) - SIM
Renato Casagrande (PSB-ES) - SIM

PSDB
Alvaro Dias (PSDB-PR) - NÃO
Arthur Virgílio (PSDB-AM) - NÃO
Cícero Lucena (PSDB-PB) - NÃO
Eduardo Azeredo (PSDB-MG) - NÃO
Flexa Ribeiro (PSDB-PA) - NÃO
João Tenório (PSDB-AL) - NÃO
Lúcia Vânia (PSDB-GO) - NÃO
Marconi Perillo (PSDB-GO) - NÃO
Mário Couto (PSDB-PA) - NÃO
Marisa Serrano (PSDB-MS) - NÃO
Papaléo Paes (PSDB-AP) - NÃO
Sérgio Guerra (PSDB-PE) - NÃO
Tasso Jereissati (PSDB-CE) - NÃO

PSOL
José Nery (PSOL-PA) - NÃO

PT
Aloizio Mercadante (PT-SP) - SIM
Augusto Botelho (PT-RR) - SIM
Delcídio Amaral (PT-MS) - SIM
Eduardo Suplicy (PT-SP) - SIM
Fátima Cleide (PT-RO) - SIM
Flávio Arns (PT-PR) - SIM
Ideli Salvatti (PT-SC) - SIM
João Pedro (PT-AM) - SIM
Paulo Paim (PT-RS) - SIM
Serys Slhessarenko (PT-MT) - SIM
Sibá Machado (PT-AC) - SIM
Tião Viana (PT-AC) - SIM

PTB
Epitácio Cafeteira (PTB-MA) - SIM
Gim Argello (PTB-DF) - SIM
João Vicente Claudino (PTB-PI) - SIM
Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) - não estava presente à sessão;
Romeu Tuma (PTB-SP) - NÃO
Sérgio Zambiasi (PTB-RS) - SIM

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Lusa

O São Sebastião aí da foto pertence à coleção Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa. Esculpido em calcário policromado no século XV, foi doação dos herdeiros do Comandante Ernesto Vilhena.

Diz o panfleto que “De pé, as mãos atadas ao tronco do seu suplício, a figura aparece dominada por um sentimento de resignação e dor que é construído através do olhar dirigido para baixo, o desenho invertido dos lábios, a marcação rígida do santo e a regularidade das chagas que lhe marcam o corpo. Apesar de o corpo ser o objeto privilegiado do martírio que se pretende representar, esta figura de São Sebastião aparece claramente dominada pela atenção posta no tratamento da cabeça, de longos cabelos ondulados, face larga e expressão de grande humanidade”.

O São Sebastião está presente na exposição LUSA, A Matriz Portuguesa, que permanecerá no Centro Cultural do Banco do Brasil até 10 de fevereiro de 2008.

A mostra, que inicia as comemorações dos 200 anos da chegada da família real portuguesa ao Brasil, dá continuidade às investigações sobre as raízes do povo brasileiro abrangendo as origens de Portugal desde a pré-história até 1500.

Não é para perder.

sábado, 8 de dezembro de 2007

A vida é uma delícia!

É melhor esconder esse doce-de-leite lá no fundo do carrinho antes que o meu pai veja!

Nas ladeiras do Rio


Com obras nos trilhos, moradores de Santa Teresa precisam fazer algumas ginásticas para ir às compras ou chegar em casa. Quem está no entroncamento das ruas do Oriente e Áurea e quer beber um chope no Bar do Gomes, por exemplo, tem que dar uma volta de dois quilômetros para chegar ao destino que fica a menos de cem metros adiante. Ao fazer o percurso hoje de manhã, deparei com o Morris aí da foto. Como estava na carona do meu cunhado apressadinho, não deu para fotografar na hora. E foi sorte porque quando voltei, à tarde, pude conversar rapidamente com o proprietário, sr. João Bosco, que se diverte consertando utilitários Peugeot velhuscos e saber uns pequenos detalhes do carro. O Morris do sr. João Bosco é um modelo Oxford de 1950, com arranque, imagine, de alavanca. Com placa de Nova Friburgo, dorme numa super-simpática ladeira do Rio de Janeiro, a rua Leopoldo Fróes. Não tem placa preta porque o sr. João Bosco não liga para esses divertimentos. Mas o carrinho bem que merecia, tiradas umas ferrugenzinhas que começam a habitar a lataria.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Procura-se



É uma gata preta. Tem dois anos de idade mais ou menos. Nunca saiu de casa nem pra tomar vacina. Foi vista pela última vez às 22h de ontem. O nome é Pérola Negra, mas atende pelo apelido de Gata Preta. Tem uma meia dúzia de pelos brancos no lugar onde, nas gatas humanas, localizam-se os pelos pubianos. Pré-adolescente e velho babão inconsoláveis.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

O Rei do Carnaval

Tirando os bailes funk do morro da Mineira, que começam por volta das duas horas da madrugada de sábado para domingo e os tiroteios entre traficantes, tudo é encantador no Rio de Janeiro.

Esta fachada bonitinha, do início do século XX, é o número 14 da Ladeira do Viana. A falecida d. Mercedes foi quem contou que ali morou Lamartine Babo, um dos mais versáteis compositores da música brasileira, autor de sucessos inesquecíveis como a marchinha "O teu cabelo não nega", que deram ao compositor o título de Rei do Carnaval. E muitos daqueles sucessos, contando também os hinos dos grandes clubes do Rio de Janeiro, podem ter nascido bem ali dentro. Dizia d. Mercedes que a ladeira do Viana nunca viu um sujeito mais desbocado que o velho Lalá.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Cadeia não é lugar de mulher

Claro que não é. Mulher, de vez em quando, joga água fervendo no ouvido do marido, principalmente quando não é o dia e o imbecil quer porque quer cumprir a obrigação. Depois, vem um juiz mais imbecil ainda e joga a pobre numa cela junto com outras ao invés de erguer-lhe uma estátua em praça pública.

Tem gente aí que depois do escândalo da menina jogada numa cela com 20 homens durante umas três semanas ainda fala em construir cadeia para mulheres. Ora, já não chega o que a pobre criança passou?

A governadora do Pará está certíssima em demolir a cadeia. Se era usada para prender mulheres, seja por que motivo for, tem mais é que demolir. E deixar demolida, nada de construir novas cadeias femininas.

Paz e liberdade para as mulheres. Se a sua vizinha der um golpe qualquer e levar milhões de reais prum paraíso fiscal, o máximo permitido deveria ser repatriar o dinheiro deixando a ela, claro, o suficiente para viver seus dias com dignidade. Nada além disso.

Não dá para acreditar que ainda se discuta um assunto desses.

Prova de matemática

Amanhã, terror dos terrores! Ele tem prova de matemática. Números e frações decimais, porcentagem, medidas de comprimento e área com as variações possíveis, tudo tem que entrar nas cabeças de uns guris de dez e onze anos que só querem saber da Liga da Justiça. Liga que, aliás, tem ajudado bastante na formulação de probleminhas como: "o passo do Batman mede 0,95 m. Mas quando corre, aumenta para 1,2m. Numa corrida, o herói precisou dar 362 passos até pegar o bandido perigoso. Que distância ele percorreu em cm?"

A gente tem que rezar para, numa hora dessas, não ser surpreendido com uma coisa assim:



Mas que isso tem cara de gaiatice, só tem. Todo mundo sabe que o fotógrafo era o Leonardo Da Vinci!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Heloneida Studart, 1932 - 2007

As ladeiras do Rio...

... tem a maior quantidade de fuscas por metro quadrado de todas as cidades que já visitei. Santa Teresa deve contribuir muito pra isso. Dá para imaginar outro lugar onde um chapa preta durma assim, ao relento, e continue a merecer ostentar sua chapa preta?

domingo, 2 de dezembro de 2007

A casa do Pedro

As pessoas vão, mas sempre deixam coisas. Essa é a casa do Pedro Veludo, onde morei quando mudei para Santa Teresa. Em 1985 vim de Angra dos Reis, onde implantara o departamento de jornalismo na Rádio Costazul FM. Ano eleitoral, capitais, estâncias hidrominerais e áreas de segurança nacional tinham suas primeiras eleições depois da ditadura militar. A rádio pertencia a três ex-funcionários da Embratel, Fernando Shardong, José Ornellas e um português que ninguém sabia o nome e jamais aparecia. Contados os votos, Angra voltou à calma habitual e senti falta da agitação do Rio de Janeiro, que sou rato de cidade grande.

Quando um amigo soube que eu morava em uma hospedaria na Lapa, apresentou-me o Pedro, que cedeu-me um quarto em sua casa onde, nos meses em que fiquei, fiz esse amigo, agora de tantos anos. Naqueles tempos ainda se usava esse costume: um amigo o apresentava a outro e o sujeito era recebido na casa de alguém que nunca o tinha visto antes. Uma semana depois de instalado é que o Pedro veio perguntar de onde eu vinha e para onde ia. Contei que tinha deixado a rádio Costazul, em Angra, para montar negócio próprio no Rio e ele disse, surpreso:

- Veja só que interessante! Esta tarde acabei de passar minhas cotas da Costazul para o Fernando e o Ornellas!

Era o sócio que nunca aparecia.

Agora o Pedro vive em Portugal, deixou a casa e o filho na faculdade. Deixou muita saudade também.

Muita gente na Lagoa

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O Senado Federal e a CPMF

Tem coisas que passam pela vida da gente sem que as percebamos e só depois, quando não mais existem, sentimos sua falta. Uma dessas coisas, para mim, é o Palácio Monroe que, inacreditavelmente, não lembro ter visto. Dá uma raiva danada porque de 1970, quando vim do Rio Grande do Sul, até 1976, ele esteve ali, à disposição, quando foi demolido por uma vingança torpe do General Geisel, como conta o Paulo Afonso no Alma Carioca (de onde chupei a foto acima). Meus caminhos eram diferentes. Morava em Niterói, tinha alguns familiares em Copacabana e Leblon, ia muito à rodoviária e, definitivamente, a Cinelândia não estava no meu itinerário. Ou, se cheguei a ver o magnífico palácio, não guardei na memória.

Anos mais tarde, quando trabalhei no Palácio Tiradentes para o jornal Opção, fiquei sabendo que o Monroe sediara o Senado Federal, tão pertinho do povo que dificilmente se veriam lá imoralidades como as que vemos hoje.

Dá para imaginar, ali na Cinelândia, um grupo de vinte e cinco senadores contando os votos e garantindo já ter número suficiente para acabar com o dinheiro que proporciona nada menos que 87% do programa Bolsa Família? Sairiam do Palácio nos braços do povo, não é mesmo? São eles os heróis patriotas que, desprendidamente, pretendem proteger nossos impostos da turba ignara:

--DEM--

Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA)
Ademir Santana (DEM-MA)
Demóstenes Torres (DEM-GO)
Efraim Moraes (DEM-PB)
Eliseu Rezende (DEM-MG)
Heráclito Fortes (DEM-PI)
Jonas Pinheiro (DEM-MT)
José Agripino (DEM-RN)
Kátia Abreu (DEM-TO)
Jaime Campos (DEM-MT)
Marco Maciel (DEM-PE)
Maria do Carmo Alves (DEM-PE)
Raimundo Colombo (DEM-SC)
Rosalba Ciarlini (DEM-RN)

- - PSDB - -

Arthur Virgílio (PSDB-AM)
Marisa Joaquina Monteiro Serrano (PSDB-MS)
Sérgio Guerra (PSDB-PE)
Mário Couto Filho (PSDB-PA)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Alvaro Dias (PSDB-PR)
João Tenório (PSDB-AL)
Marconi Ferreira Perillo Júnior (PSDB-GO)
Papaléo Paes (PSDB-AP)
Eduardo Azeredo (PSDB-MG)

--PMDB--

Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE)

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Nas ladeiras do Rio

Ela estava estacionada na rua Santo Alfredo, em frente à casa do arquiteto Yon Murezanu. Fui em casa e, quando voltei para conferir o ano de fabricação da jóia rara, não estava mais lá. Uma gracinha dessas não fica ao relento por muito tempo.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Bar Brasil centenário

O dia exato ninguém sabe dizer. Mas os mais antigos garantem que em novembro de 1907 saiu das famosas serpentinas o primeiro de um dos mais celebrados chopes do Rio de Janeiro, o do Bar Brasil. Mesmo sem saber o dia certo, José Riveiro, dono da casa, fez questão de comemorar a data em grande estilo, abrindo as portas à freguesia que brindou o centenário da casa com muito chope, kassler, lingüiça e salsicha, tudo por conta da casa.

José Riveiro festeja os cem anos do Bar Brasil

A diretoria reuniu-se cedinho para abrir os trabalhos

A freguesia mais antiga vai chegando aos pouquinhos, mas o lugar é cativo

O garçom Ésio Bessa, há 44 anos na casa

O barman Fernando, responsável pelo melhor chope da cidade

Logo o salão ficou lotado

Teve até reencontro emocionado

E sobraram brindes e promessas de presença garantida no próximo centenário

sábado, 24 de novembro de 2007

A linha não quis o bonde

Pousar nos trilhos o bondinho pousou. Mas como pode um bonde pousar? Pousando, ora! Ele desce do caminhão que o carregou até a rua Joaquim Murtinho e pousa sobre os trilhos, simples. Só não vai andar tão cedo, para frustração do Leonardo e Pedro, os dois primeiros passageiros que tomaram o lugar do motorneiro ali na foto. É que a moderníssima tecnologia VLT fez com que algumas peças ficassem tão rentes ao chão que o resultado foi o da foto abaixo: ao andar, raspam nos paralelepípedos devido a um desnível nos lugares onde os trilhos não sofreram restauração. Nos bondes, diferente do trem e do metrô, são dois pares de trilhos, um para o lado direito, outro para o esquerdo. A roda se apóia no trilho de fora. Com o passar do tempo, o terreno e os dormentes cedem. Com isso o trilho de dentro, de alinhamento das rodas, fica mais alto. No sistema antigo tudo bem, o bonde fica lá no alto. Mas no novo... Parece até que os antigos trilhos resolveram rejeitar a modernidade. E com razão, é preciso adaptá-los.

Resultado: ou se alinham os trilhos ou levanta-se o bonde. Assim, bonde novo só em julho, diz o secretário de Transportes.

Mas ficou uma gracinha e, promete-se, muito mais confortável que antes.

Quanto aos estribos, é aquilo mesmo. São fixos. Ou seja, permitirão caronas e crianças perderão braços e pernas sob as rodas de ferro. Antigamente, os estribos iam de um a outro parachoque. Há pouco mais de dez anos, alguma inteligência do Departamento de Bondes decidiu cortar os estribos deixando-os apenas no espaço correspondente aos bancos de passageiros. Isso para evitar caronas dos lados das cabines.

Certa vez, ao descer do bonde no Largo das Neves, já com o veículo parado, botei o pé justamente onde não havia mais estribo e, por pouco, não me esborrachei no chão. Pouco tempo depois, também no Largo das Neves, um passageiro desceu com o bonde andando. Botou o pé no ex-estribo e foi parar deitado de costas sobre o trilho. Berrei para o motorneiro que conseguiu fazer o bonde parar, já com a roda dianteira esquerda entre as pernas do rapaz, a dez centímetros de cortá-lo em dois no sentido longitudinal. Subir ou descer do bonde andando é sempre um perigo.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Novo bonde em novos trilhos

Para inaugurar O Meu Rio de Janeiro nada melhor, claro, do que imagens de Santa Teresa, o mais charmoso dos mais charmosos bairros da mais charmosa cidade do mundo que, finalmente, parece, receberá de volta o seu sistema de bondes (só em Santa Teresa, infelizmente, ainda) funcionando a pleno vapor. Ou, mais exatamente, eletricidade, energia que os move há mais de cento e dez anos.

O bondinho da foto (de divulgação), restaurado em Três Rios, recebeu moderníssima plataforma VLT (veículo leve sobre trilhos), com motor mais potente e super-econômico, ideal para esses tempos de economizar todo tipo de energia, inda mais a elétrica. O plano é fazê-los circular com a regularidade de um sistema de transportes civilizado.

E para receber essas belezas, a Secretaria de Transportes está concluindo, como se vê na foto abaixo (essa é minha mesmo) a restauração dos trilhos e substituição dos dormentes.

Detalhe importantíssimo: onde estão os estribos, onde os caroneiros tanto gostam de viajar e que foi responsável nesse mais de século, por dezenas de amputações de pernas e braços de passageiros? Pois é, parece (especulo) que tem um sistema de recolhimento para o bonde andar. Confiro amanhã, quando o possante pousar novamente nos trilhos da rua Joaquim Murtinho.